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Enorme mancha avermelhada surge na orla de Copacabana

RIO — O surgimento de uma enorme mancha de coloração avermelhada na orla de Copacabana, na tarde desta sexta-feira, está relacionado à presença do mesmo tipo alga que desde o início do mês vem chamando a atenção de banhistas nas praias da Reserva, na Zona Oeste do Rio, e na cidade de Angra dos Reis. Na tarde deste sábado, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) esclareceu que o fenômeno é decorrente do resultado da floração de algas da espécie tetraselmis sp., um processo que não libera toxinas e, por isso, não oferece riscos aos banhistas.

De acordo com o biólogo Mário Moscatelli, que analisou a imagem, o fenômeno deve ter relação com o forte calor e com a disponibilidade de nutrientes na costa do estado.

— Claro que é necessária uma coleta de material e análise para comprovar se de fato é o mesmo tipo de alga encontrada recentemente nas praias da Reserva e de Angra dos Reis. Contudo, as condições precárias de saneamento no estado, somada a fatores como calor, pode estar por trás do fenômeno — acredita o biólogo.

Manchas em Angra

No último dia 18, o Inea divulgou as conclusões dos exames da espuma que surgiu nas praias de Angra dos Reis, na Região Sul Fluminense. De acordo com nota técnica, a espuma não traz risco para a vida marinha ou para os seres humanos.

Técnicos da Gerência de Qualidade da Água do Inea coletaram amostras nas praias Brava e no Saco de Piraquara, nos dias 31 de outubro, 2 e 4 deste mês. Em conjunto com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), foi feita outra coleta no último dia 9. O trabalho teve acompanhamento de técnicos do Ibama, órgão responsável pelo licenciamento ambiental da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA).

De acordo com os laudos técnicos produzidos a partir desta coleta de material, o surgimento de espuma no mar deve ter ocorrido a partir da decomposição de algas, o que provocou o aumento de matéria orgânica na água do mar. O processo, associado a fenômenos oceanográficos, tais como ventos, ondas e ressacas, favorece o aparecimento de espuma. Não houve registro de mortandade de peixes ou redução da quantidade de pescado na região.

Como houve uma concentração de espuma nas proximidades da saída do sistema de resfriamento da Central Nuclear de Angra dos Reis, no Saco de Piraquara, pescadores e moradores levantaram a suspeita de que o problema tivesse relação com as operações das usinas atômicas, o que foi descartado.

A conclusão dos técnicos é que o processo de resfriamento das usinas provoca turbilhonamento e aumento da temperatura da água. Com o incremento de matéria orgânica na captação, isso potencializou a formação de espuma. O sistema, no entanto, não tem qualquer contato com materiais radioativos, motivo pelo qual não há riscos de contaminação.

Fonte: O Globo (publicado em 27/12/13)

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